“O Coração que Sente e o Coração que Bate”: Meriti discute conexão entre saúde emocional e cardíaca em evento especial

Em uma noite dedicada ao cuidado integral com a saúde, a Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos de São João de Meriti realizou, nesta segunda-feira (9), o encontro “O Coração que Sente e o Coração que Bate”. O evento, que reuniu moradores, profissionais de saúde e autoridades, abordou a relação entre as emoções e os problemas cardíacos, unindo os conhecimentos da medicina e da psicologia em um único debate.
A palestra foi conduzida por duas especialistas: a vice-prefeita e secretária de Cidadania, Dra. Letícia Costa, que também é cardiologista, e a psicóloga Dra. Danielle Bides. Juntas, elas alertaram para a importância de reconhecer como as emoções afetam diretamente a saúde física, especialmente o coração.
“Preparamos uma noite especial para falarmos sobre o coração, seja ele físico ou emocional. Vamos compartilhar muitos conhecimentos e informações sobre uma questão tão importante que é cuidar do nosso coração”, destacou Dra. Letícia Costa, reforçando que o bem-estar físico e emocional deve caminhar lado a lado.
A psicóloga Danielle Bides aprofundou o olhar sobre o impacto das emoções mal administradas. “Nossas emoções são nosso espelho para o mundo. Eu enxergo o mundo de acordo com como estou me sentindo. Se não tenho percepção de como as emoções me afetam no dia a dia, acabo reagindo de formas não muito agradáveis. Entender seus sentimentos e saber conviver com eles traz benefícios para sua vida pessoal, sentimental e profissional”, pontuou.
Esse contexto reforça a urgência de iniciativas como a da Prefeitura de São João de Meriti. Para o município, levar esse tipo de discussão à comunidade é um passo importante para construir uma cultura de prevenção, que abranja não só o corpo, mas também a mente e o estado emocional da população.
Estudos recentes reforçam a abordagem apresentada no evento. Dados do Instituto do Coração Edson Saad, vinculado à UFRJ, mostram que as doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte no Brasil, com destaque para o estado do Rio de Janeiro, onde essas enfermidades representam quase 30% dos óbitos registrados anualmente. Paralelamente, instituições como a Fiocruz apontam uma ligação direta entre transtornos de ansiedade e depressão com o aumento da incidência de doenças cardíacas, como hipertensão, infartos e arritmias.


