O encontro teve como objetivo a valorização da memória do Almirante Negro e discutir ações do museu

Aconteceu, nesta quinta-feira (23), mais uma audiência sobre o Museu Municipal Marinheiro João Cândido. Desta vez, o evento foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF) de São João de Meriti. A primeira aconteceu na Câmara de Vereadores do município, no dia 6 de maio.

Foram discutidas ideias e ações que podem contribuir com os trabalhos do museu e ajudar a fortalecer a história do marinheiro.

“É importante dar continuidade ao museu e encaminhar algumas questões, como a adoção de medidas da valorização da memória de João Cândido. E, também, da história do país”, disse o procurador da República Júlio Araújo, lembrando de um importante fato acontecido no Brasil: a Revolta da Chibata, na qual o Almirante Negro foi líder e lutou para conseguir acabar com os castigos corporais na Marinha.

O MPF fez uma recomendação para a Prefeitura que trata das questões citadas e o procurador frisou, ainda, que a Educação é fator importante no processo de reconstrução da história.

O secretário de Cultura, Lazer, Direitos Humanos e Igualdade Racial, Marcelo Rosa, comentou que foi discutida a ideia de se criar um grupo de trabalho para levar as demandas do museu para o prefeito Dr. João.

Na área da Educação, o secretário da pasta, Bruno Correia, parabenizou o reconhecimento jurídico da história de João Cândido pelo MPF e informou que as escolas do município têm feito ações sobre o marinheiro:

“Participamos com os alunos do concurso de desenho que vai inspirar o logotipo do museu e fazemos visitas à sala onde funciona atualmente a instituição, no prédio Antares”.

O filho do Almirante Negro, Adalberto Cândido, conhecido como Candinho, relatou a alegria de ver a memória de seu pai sendo valorizada.

“Tenho acompanhado o processo de transformação do museu e este ano faz 50 anos da morte do meu pai. É gratificante para mim e para a minha família ver toda a movimentação para reconhecer João Cândido como herói brasileiro”, comentou ele.

A audiência foi aberta para falas do público, que teve a presença do superintendente de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, Frei Tatá, e da superintendente de Turismo, Mirian Rodrigues, além da sociedade civil.



Fotos: Beto Franzen

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